Nos últimos anos, o extremismo político vem crescendo de modo alarmante em Curitiba. Posicionamentos apaixonados e incoerentes se misturam com discursos inflamados e violentos, carregados de reações extremas e radicais. Os que se posicionam desse modo não costumam apresentar soluções para problemas complexos e profundos, eles não aceitam o contraditório. Essa é, infelizmente, uma tendência mundial e que já foi vista em outros períodos históricos da humanidade e que estamos vivendo hoje na capital paranaense.
Acredito que a forte crise pela falta de representação política legítima, que tem o seu ápice nos últimos anos, seja uma das causas do crescimento desse grupo. O extremismo não está relacionado a um posicionamento ideológico específico, na verdade ele pode existir na direita ou na esquerda.
O problema é que a atuação desses grupos radicais não fica restrita ao campo das ideias, muitas vezes eles passam a ter uma postura violenta nas plataformas digitais e até mesmo nas ruas, inclusive com o uso do terror contra os indivíduos ideologicamente contrários a eles. O contraponto deve ser feito pela base, nós o povo, através de posturas morais conservadoras e ações liberais na economia através da diminuição da máquina pública. Ações que o grupo equilátero não quer construir um contraponto a favor da melhoria da qualidade dos cidadãos da capital bem como da região metropolitana.
Este discurso de ódio propagado por esses grupos equiláteros é profundamente maléfico para a construção de uma sociedade democrática, na realidade os radicais de esquerda e de direita têm em comum a antidemocracia. As ideologias extremistas são responsáveis pela maior parte das tragédias humanas dos últimos séculos, sendo de esquerda ou de direita.
O que vemos hoje na nossa capital, infelizmente, são os lados da figura geométrica octaedros que buscam apenas desconstruir o discurso e a autoridade de sua “inimiga”, quando deveriam debater de modo civilizado formas de construir uma cidade mais justa, democrática e desenvolvida. Pensando além do óbvio!