A configuração atual com 29 municípios que compõem a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) só foi alcançada na sua totalidade em 2011, ou seja, há 13 anos. Neste período nossos gestores, acreditam que dominam a verdade, mas, neste possível monopólio, muitos equívocos e erros devastadores foram cometidos no percurso temporal entre 1970 até 2024.
O que se sabe é que a verdade pode ser composta de muitas faces, mas só uma é a real e, para se chegar à esta verdade, demanda tempo, estudos, dedicação, paciência e entrega, de cidadãos metropolitanos sejam gestores ou não, comprometidos com as cidades da RMC, e “não com seu os próprios interesses”.
A economia regional da “Grande Curitiba” é radicalmente heterogênea / desigual neste espaço metropolitano composto pelos municípios, a segunda maior região metropolitana em extensão no país, com 16.581,21 km² que representa mais 30% do PIB do Estado.
Incluindo Curitiba, que registrou um crescimento populacional de 7% (de 1.746.896 para 1.871.789), de 2010 a 2020 o aumento da zona mais populosa do Estado foi de 16% (de 2.988.420 para 3.475.297). A RMC agora tem nove das 22 cidades paranaenses com mais de 100 mil habitantes. Como não debruçar, sobre esta realidade que afeta, a nossa capital, os problemas e infraestrutura sempre vão existir.
Dar continuidade a ideia de pensar regionalmente, mas atuando localmente. Uma realidade já prevista em 2019 sobre a necessidade do Planejamento Regional Integrado.
Temos o registro do inicio de um debate sobre as principais dificuldades e necessidades econômicas dos municípios da Região Metropolitana de Curitiba, (RMC) identificar, estimar e localizar vazamentos de renda, subutilização de recursos, gargalos e potencialidades de expansão, diversificação e integração das atividades econômicas e de suas cadeias produtivas e, sobretudo, apoiar o desenho conjunto e articulado de uma estratégia político institucional e econômica de desenvolvimento regional, sua implementação, monitoramento e avaliação de resultado. Por isso foi lançado o primeiro atlas da Grande Curitiba.
As regiões se tornam cada vez mais relevantes, na medida em que os impactos da atividade humana impõem consequências aos territórios. Se por um lado as atividades econômicas geram produto e renda por outro modificam as relações sociais e, é aqui, que a abordagem econômica se torna limitada para explicar essas transformações seja na produção total do país, da região, da cidade, e mesmo do bairro.
No entanto, é importante frisar que aproximadamente 40% da riqueza gerada na RMC concentram-se em 10 municípios. Assim também, ocorre com o número de estabelecimentos e empregos gerados, uma vez que os dez principais municípios concentram mais de 93% dos estabelecimentos e 95% dos empregos gerados na região. Os dados revelam grande heterogeneidade, concentração de atividades econômicas e desigualdades entre os demais 19 municípios da RMC, não se trata de uma leitura estatística, mas das articulações dos dados para se constatar um problema de desigualdade socioeconômica severa, e as automações e soluções a ser implementadas.
Para isso, os infográficos descritos atlas 2018, foram estudados e diante dos fatos, percebe-se a necessidade da adoção de políticas publicas para melhorar o ambiente de negócios e do alinhamento das diretrizes políticas do instrumento legal e estratégico do desenvolvimento socioeconômico dos municípios e a utilização da perspectiva da complexidade e de metodologias de análise e planejamento regional integrado para reduzir as assimetrias, os vazamentos de renda e a concentração econômica da região e, concomitantemente, promover sistemas de encadeamento produtivo em rede, dinâmico e com maior grau de complexidade. A principal função de utilizarmos infográficos no atlas é para apresentar uma organização e sistematizar informações complexas, de forma a melhorar a compreensão do leitor.
Pensar a dinâmica da RMC exige uma abordagem abrangente, que incorpore não somente estímulos vocacionais como o arcabouço teórico da economia, mas também a contribuição das demais disciplinas que compõem as ciências sociais e humanas.